Há três anos atrás, mais ou menos, eu caí da escada da minha casa, fracturei um dos ossos do cóccxis, consegui recuperar-me rapidamente, mas volta e meia ainda sentia dor.
Logo após notei o aparecimento de uma dor estranha na anca direita. Com a vida agitada e sempre resolvendo as demandas prioritárias, não valorizei a situação.
Logo após notei o aparecimento de uma dor estranha na anca direita. Com a vida agitada e sempre resolvendo as demandas prioritárias, não valorizei a situação.
Acontece que engravidei e com a gestação as dores aumentaram, mas deixei para investigar melhor após o nascimento do bebê, minha prioridade era saber se este seria saudável e se tudo corria bem.
O nascimento do André ocorreu em meio ao epicentro do COVID-19, em Portugal, no estado de emergência. Isso comprometeu tudo, os profissionais da saúde estavam tão assustados quanto nós, o trabalho de parto foi acelerado, eu estive sozinha, o Marcos não teve autorização para estar presente, , eu não tomei epidural, me lembro que falei com a enfermeira parteira que estava a sentir uma dor muito intensa na perna, e ela disse para eu esquecer e fazer força.
Sentia que o bebê estava preso, por mais que eu fizesse força e as enfermeiras parteiras ajudassem, levantando minha perna que doía demais e pressionando a barriga, ele não saía, já estava entrando em sofrimento, e eu estava ficando exausta, por este motivo, ele foi retirado por ventosa. Pasmem, a anestesista não chegou à tempo, e tudo isso foi na raça, como se diz no Brasil.
Nos dias que se sucederam tomei algumas medicações que mascararam as dores. Estas foram se acentuando com o tempo e quanto mais eu voltava a minha rotina habitual.
Nesta semana a coisa ficou feia! Na segunda-feira tive que ir às emergências do hospital com dores intensas, para ter noção, eu sentia fraqueza, a perna não firmava no chão e eu tive eu sentar algumas vezes para não desmaiar de tanta dor.
O nascimento do André ocorreu em meio ao epicentro do COVID-19, em Portugal, no estado de emergência. Isso comprometeu tudo, os profissionais da saúde estavam tão assustados quanto nós, o trabalho de parto foi acelerado, eu estive sozinha, o Marcos não teve autorização para estar presente, , eu não tomei epidural, me lembro que falei com a enfermeira parteira que estava a sentir uma dor muito intensa na perna, e ela disse para eu esquecer e fazer força.
Sentia que o bebê estava preso, por mais que eu fizesse força e as enfermeiras parteiras ajudassem, levantando minha perna que doía demais e pressionando a barriga, ele não saía, já estava entrando em sofrimento, e eu estava ficando exausta, por este motivo, ele foi retirado por ventosa. Pasmem, a anestesista não chegou à tempo, e tudo isso foi na raça, como se diz no Brasil.
Nos dias que se sucederam tomei algumas medicações que mascararam as dores. Estas foram se acentuando com o tempo e quanto mais eu voltava a minha rotina habitual.
Nesta semana a coisa ficou feia! Na segunda-feira tive que ir às emergências do hospital com dores intensas, para ter noção, eu sentia fraqueza, a perna não firmava no chão e eu tive eu sentar algumas vezes para não desmaiar de tanta dor.
Na emergência foi realizado apenas um RaioX que constatou uma calcificação na anca direita e prescrita medicação com anti-inflamatório.
No relatório da alta devo passar com a médica de família que vai pedir mais exames para então passar com o especialista se for necessário.
Saí de lá com o coração pesado, pensando nos rostos sofridos de tantas pessoas com as quais estive à espera de atendimento, principalmente nas pessoas mais idosas sozinhas agonizando, em contrapartida percebi os profissionais da saúde exaustos, e sem paciência, no piloto automático. Pedi que Deus olhe por todos nós!
Ao voltar para casa me deparei com a realidade de uma semana angustiante, para mim que gosto de fazer tudo, com imensas dores, o bebê que precisa de cuidados, atenção e mama no peito, o Victor que precisa de atenção, a Sophia a estudar para os exames, e o Marcos a trabalhar; ambos tem se desdobrado com os afazeres, refeições para que eu possa repousar o máximo possível. Ainda bem que minha mãe ficou com o Victor, no dia em que eu fui ao hospital, ela ajuda como pode, porque tem fibromialgia, sente muitas dores no corpo todo, e sempre que sente-se um pouco melhor é uma grande ajuda.
De tudo isso tiro bons ensinamentos e mantenho a confiança e o otimismo, mas só quem já teve uma dor parecida com esta sabe que não é nada fácil, que ficamos nervosos, é uma dor que não passa, você pode estar sentada que dói, em pé vai doer, deitado dói também..., por isso vivenciamos alguns momentos difíceis e de stress, e o Victor é a pessoa que mais sentiu com esta situação, ele quer estar junto de mim o tempo todo, me abraça com força, o que faz com que doa ainda mais a perna. Quando fecho a porta para descansar e ele vai brincar com a irmã, com o pai ou sozinho, vem sempre bater na porta e isso me corta o coração.
Sou grata, porque a família tem se organizado para manter a casa funcionando e em meio ao caos que as vezes vivemos nos amamos.
Sou grata, porque a família tem se organizado para manter a casa funcionando e em meio ao caos que as vezes vivemos nos amamos.
Concluo que com esta pandemia se cuidar ficou mais complicado, para passar numa consulta, realizar um exame é mais demorado, porque a quantidade de pessoas precisa ser menor, principalmente nos espaços fechados.
Todavia, não podemos descuidar da saúde e temos que investigar sempre que surgem sintomas persistentes, vivendo em meio a uma pandemia ou não. Afinal, dor é sempre um sinal de alerta.
Infelizmente, eu não dei atenção suficiente para dores que vinha sentindo antes de engravidar, deveria ter sido mais cuidadosa comigo. Agora que minha família está a precisar tanto de mim, estou assim quase que sem ação.
Espero logo estar bem, e quando estiver, vou implementar hábitos para ter uma boa saúde, porque para ter saúde precisamos nos alimentar bem e corretamente, nos exercitar, fazer os exames de rotina e manter a mente sã.
Assim como a maioria das pessoas deixei sempre para amanhã. Quando na verdade preciso ter em atenção e aprender que o hoje é o único tempo que realmente temos, o ontem já passou e o amanhã pode nem vir a acontecer.
Beijinhos e até breve! Cuidem-se😉
Beijinhos e até breve! Cuidem-se😉