Na verdade estamos aprendendo e, nos adapatando a esta nova realidade, onde ponderamos sempre os benefícios e prejuízos das nossas decisões. Sem pânico, vamos vivendo e vendo crescer dentro de nós um sentimento de gratidão quando tudo dá certo e em contrapartida um sentimento de impotência e responsabilidade quando as coisas não tão correm bem.
Mas, o importante é não ficarmos parados, pois a vida precisa continuar mesmo quando parece ser improvável.
Optamos por não levar a Mira mesmo sabendo que ela faria muita falta, sobretudo para o Victor que confia muito nela. Mas, pelo tempo que ficaríamos no Brasil não justificava, levá-la num vôo tão longo e desgastante. Ela ficou em boas mãos por isso, fomos tranquilos.
Victor era só alegria. Todos nós transbordavamos alegria, o Victor mais ainda. Eu, estava apreensiva, mas confiante.
E neste cenário, embarcamos num avião, vacinados, com teste do covid negativo, nossos pequenos não tinham a vacina e o André não conseguiu ficar de máscara, mas não focamos nisto, confiamos e seguimos.
O Victor nos surpreendeu durante a viagem, esteve o tempo todo muito focamos e colaborarivo, não teve nenhuma crise, ficou calmo, interagiu muito com a Sophia durante o vôo, confiou na irmã pous sabia que o André precisava de mim.
A irmã ia antecipando os acontecimentos e alertando ele do que viria a seguir. Esta estratégia é sempre muito boa. Assim, se ela notava que íamos passar por turbulencia, avisava e perguntava se ele queria um abraço apertado, ele aceitava e passava bem por aquele momento. Durante o voo ele conversou, ouviu música, viu livro com ajuda dela, fez jogos, comeu, veio comigo e com o irmão, e só adormeceu na última hora, com muito miminho e mindfulness. Afinal, já estava exausto! Viajar durante o dia foi mais difícil para ele.
Já, o André ficou muito irritado principalmente nas últimas 4 horas de vôo, os estimulos eram demasiados para ele que queria andar no avião todo. Um bebé de 1 ano e 9 meses precisa se movimentar, era natural que isso acontecesse.
Mas, no geral foi uma viagem boa, com um choque de realidade já na porta de entrada do Brasil: aeroporto, que estava lotado. Com a falta de pessoal a trabalhar havia imensas filas e transtornos. Tive que solicitar várias vezes prioridade da prioridade, se é que isto existe. Aliás, todos notaram que as vezes mesmo numa fila prioritárias algumas pessoas precisam de um atendimento mais rápido, foi o caso do Victor que já estava ficando muito nervoso, e quase entrou em crise.
Para completar não havia carrinhos para carregar as malas, estavam todos do lado de fora do aeroporto sem ter quem os levasse para dentro. Realmente um grande problema para todos que levavam bagagens, como nós.
Mesmo enfrentando esses contratempos estávamos gratos por chegar bem, por estar ali para rever nossa família, ansiosos por encontra-los para dar o abraço demorado, guardado com tanto amor durante tantos anos...