Ao identificá-los em meio a tanta gente que ali aguardava por familiares vindos para a comemoração de fim de ano, sentíamos uma forte alegria e uma explosão de sentimentos que culminaram num inevitável correr de lágrimas.
Sentir o cheiro, o toque da pele, a temperatura e energia de cada um, receber e dar aquele abraço longo e apertado foi algo fantástico.
Ter o privilégio de olhar nos olhos e nos conectar naqueles breves instantes foi um bálsamo para nossas almas saudosas. O André estava sendo visto pessoalmente pela primeira vez pelos familiares que, nos receberam no aeroporto. Ele dormia tranquilamente, sem perceber a dimensão de tudo o que se passava à sua volta.
O Victor estava muito feliz, mas muito agitado, queria sair lá de dentro, ver os carros, andar no carro que o vovô alugou para utilizarmos durante nossa estadia no Brasil. Mas, a Sophia e o Marcos ficaram retidos mais uns quarenta minutos na recolha das malas, aguardavam os carrinhos para transportar o restante das bagagens.
Quando enfim, sairam foi emocionante ver o reencontro do Marcos com os pais e a irmã. A mesma impressão eu tive ao ver o reencontro da minha mãe com meus irmãos. Uma sensação de pertencimento crescia dentro de nós, e era reforçada cada vez que nos encontrávamos com algum ente querido.
Esta experiência nos fez compreender que passe o tempo que passar sempre nos sentiremos completos e felizes ao lado das pessoas que amamos.
Não temos fotos deste momento no aeroporto e nem nas demais ocasiões. Estávamos tão envolvidos, tão entregues e imersos naqueles instantes de vida que não pensamos em sacar uma fotografia. Imprimimos nas nossas células, no nossos corpos, corações e mente aquele reencontro tão especial, único e repleto de sentimentos.
Penso que as vezes é importante nos ater ao que realmente é importante!