Começo por questionar. Você mulher sente-se respeitada? Você pode ser o que quiser?
Vivendo numa sociedade onde a imagem é o grande orientador da conduta penso que é difícil a mulher ser o que ela quer ser. Há sempre algo que ela precisa fazer para ser compatível…
Em meio a intolerância é difícil a mulher assumir suas convicções, abraçar e viver a vida da forma como acredita ser a mais adequada para si e, segue modelos, tendências, ignorando sua essência.
Penso que as pressões que existem em torno da mulher é ainda maior do que a que havia outrora, pois, agora vivemos com a falsa impressão de que fazemos e somos o que queremos ser. Quando na verdade a mulher continua a ser subjugada. Ela tenta impor através da sua imagem e até da sexualidade como ser dominante. Será que este é o caminho?
Será que precisamos de dominador e dominado? Não será possível um dia uma relação de respeito mútuo e aceitação?
Nesta semana vi o filme “Naquele fim de semana” produzido pela Netflix, adaptado do homónimo escrito por Sarah Alderson. Trata-se de um suspense, mas reforça e demonstra como as mulheres continuam a ser vistas e tratadas na sociedade.
O deputado Arthur de Val é uma figura pública, um brasileiro que envergonha sua pátria, mas que como tantos outros homens do mundo todo: sejam famosos, anónimos, ricos ou pobres, não tem caráter e não foram educados, pois vêem as mulheres como carne fresca ou velha pronta para o abate. Pessoas como ele não deveriam nem ser chamados de homens, seu comportamento era semelhante a de um animal em época de acasalamento.
É preciso pensar e falar sobre esse assunto, ao invés de apenas parabenizar a mulher pelo seu dia. É preciso mudar mentalidades. Penso que as mulheres tem mais do que seios e bundas para mostrar. Nós mulheres temos: talentos, competência, caráter, sentimentos, sonhos, inúmeros atributos além do nosso corpo. Será que um dia vamos reconhecer isso? Talvez, muitas de nós ainda não tenhamos tomado consciência disto e por isso não desenvolveu o amor próprio.